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Pesquisas sugerem que os seres humanos durante sua evolução, desenvolveram uma tendência inata a sentir medo de cobras e aranhas, e aprenderam naturalmente a temê-los.
Psicólogos descobriram que adultos e crianças podem detectar imagens de cobras entre uma variedade de objetos não ameaçadores mais rapidamente do que eles poderiam identificar sapos, flores ou lagartas. Os pesquisadores acreditam que essa habilidade ajudou os humanos a sobreviver na selva.
"A ideia é que ao longo da história evolutiva, os seres humanos aprenderam rapidamente a temer cobras e isto teria sido uma vantagem para sobreviver e se reproduzir ", disse Vanessa LoBue, uma doutora em psicologia da Universidade da Virgínia, EUA. "Os seres humanos que detectaram a presença de cobras muito rapidamente teriam mais probabilidade de transmitir seus genes."
Os pesquisadores se inspiraram em investigar o medo de cobras, quando pensaram em como universalmente as pessoas não gostam de ver animais sem pernas se arrastando.
"Esse sentimento é muito comum", disse a pesquisadora LoBue. "Nós raramente nos encontramos com cobras. Não há realmente nenhuma razão para esta aversão, medo descontrolado ou ódio esmagador por estes animais".
Uma colaboradora de LoBue, Judy DeLoache, professora de psicologia da Universidade da Virgínia, fica petrificada na presença de cobras.
"Eu tenho quase uma fobia por cobras ", disse DeLoache. "Basta ver uma foto de uma cobra, para eu ficar apavorada. A razão pela qual entramos nessa pesquisa foi porque eu sempre fui fascinado pela forma como as pessoas desenvolveram este medo. Minha intuição era de que havia algo que me fazia sentir medo de cobras desde criança. Você reage a elas muito cedo. "
ara saber mais, os psicólogos mostraram a adultos e a seus filhos de 3 anos de idade algumas imagens de uma cobra cercada por objetos de cores semelhantes, tais como sapos, lagartas e flores. Em seguida, eles mostraram-lhes fotos de um sapo ou uma flor rodeada de cobras. Ambos os grupos foram capazes de identificar a cobra escondida mais rápido do que os outros objetos ocultos.
"Nós também fizemos um estudo com aranhas e encontramos o mesmo efeito", disse LoBue. Embora a equipe não tenha testado outras fobias, eles não acham que essas predisposições se aplicam necessariamente a todos os níveis.
"Teria de ser algo generalizado, coisas que você poderá encontrar no dia-a-dia", disse ela. "É por isso que não se vê fobias a leões, tigres e ursos com tanta freqüência. Além disso, teria que ser algo que estava por perto e fosse perigoso, enquanto os seres humanos estavam evoluindo. Coisas que são perigosas em nossa sociedade moderna, como armas, ainda não tiveram tempo suficiente para desenvolver uma predisposição para detectar o medo muito rapidamente. "
Os resultados deste estudo aparecem na revista Psychological Science.
Fonte: Coisas estranhas & curiosas
